«Na hora de poupar e de proceder a cortes na despesa, [não é aceitável que] sejam os mais humildes e a classe média a sofrer os maiores sacrifícios. [...] Os cortes devem ser drásticos, mas não nos salários ou nas pensões. Devem sim afectar os grupos económicos que mais têm vivido da manjedoura do Estado. É este o único objectivo que justifica uma "ampla unidade nacional" para implementar as medidas que se impõem [:]
[1.] Renegociação global de todas as parcerias público-privadas. As rentabilidades garantidas deverão ser reduzidas para menos de metade. [...]
[2.] Reestruturação da dívida pública. [...]
[3.] Redução, pelo menos para metade, dos alugueres e rendas imobiliárias que o Estado paga neste momento. [...]
[4.] Supressão do actual modelo de formação profissional financiada. [...]
[5.] Tributação do património de todos os privilegiados que têm uma quase imunidade fiscal. [...]
Os governantes de que hoje necessitamos são os que consigam enfrentar, sem medo, os actuais poderes fáticos que empobrecem o país e preservam uma estrutura económica e política de tipo feudal.»