Relembrando uma notícia da semana passada: «Bancos centrais ganham 1,1 mil milhões com dívida dos periféricos».
Os lucros que os bancos centrais da zona euro têm obtido com os empréstimos realizados a Portugal e Irlanda confirmam que se trata de um excelente negócio para os contribuintes desses países. Todavia, o governo português não só assume repetidamente, no discurso público e oficial, uma posição de agradecimento desmesurado e de escandalosa subserviência perante os designados parceiros europeus, como deliberadamente oculta o quanto tem sido vantajoso para os credores a alegada ajuda prestada.
Na verdade, o fanatismo ideológico de Passos Coelho e de Gaspar conduz-los a uma narrativa anti-patriótica de chantagem moral para com os seus concidadãos. Repetindo até à exaustão a falsa ideia de que somos devedores de incomensurável gratidão, o governo procura desenvolver nos portugueses uma má consciência que os iniba de contestar a sua política.
Politicamente desequilibrados, Passos e Gaspar mentem, ocultam e renegam com um desembaraço que nauseia.