«O que se torna mais relevante para a nossa época é que os ricos de hoje também são diferentes dos ricos de ontem. A nossa economia à velocidade da luz e globalmente interligada levou à ascensão de uma nova superelite [...]
Num memorando de 2005, [o Citigroup refere] que "O mundo está a dividir-se em dois blocos — a Plutonomia e o resto. Numa Plutonomia [...] há consumidores ricos, poucos, e desproporcionados quanto à gigantesca fatia de rendimento e de consumo que tomam para si, e há o resto, os não ricos, uma multidão de muitos, mas que representam uma parte surpreendentemente pequena do bolo nacional." [...]
Mais recentemente, o Citigroup concebeu uma variação do tema, uma tese a que chamou "teoria do consumidor clepsidra". A ideia é que, em consequência da divisão da sociedade entre ricos e o resto, um investimento inteligente será comprar as ações de produtores de bens superluxuosos (as companhias que vendem aos plutocratas) e as de empresas de baixo preço, que vendem aos outros todos. (Como a classe média está a ser esvaziada, pressupõe esta hipótese, as empresas que a fornecem também.)»