sexta-feira, 16 de maio de 2014

O Avaliador

É com muito prazer que divulgo a publicação do livro O Avaliador, de Álvaro Ferreira Gomes, meu prezado amigo e colega, que tive o gosto de preambular.
A sinopse que se segue é do autor.

A novela O AVALIADOR, uma obra de ficção, mas que muito se aproxima da realidade, foi delineada e escrita durante a vigência do modelo de Avaliação do Desempenho Docente das ministras Lurdes Rodrigues e Isabel Alçada, no tempo político de José Sócrates. Uma avaliação 'entre os pares'. Na altura, esse modelo de Avaliação, e tudo o que estava ligado à carreira docente, dominavam o espaço mediático. Passavam-se para a opinião pública, entre tantas falsidades, as ideias de que a maioria dos professores não queria ser avaliado e a de que a Avaliação era uma peça fundamental (até como exemplo de ‘rigor’), no sentido da vocação salvífica da regeneração social e económica do país. Era preciso e urgente avaliar. 
Uma boa avaliação, pois.

Encarreirados e disciplinados os professores, já que se estava numa ‘carreira docente’, tornava-se premente criar toda uma panóplia de instrumentos, verbi gratia grelhas, que dessem aos sucessivos políticos, e através deles aos ‘aplicadores’, um meio eficaz de aferir, comparar, controlar, dominar, escalonar, etc.. Em suma, levar aos píncaros da eficácia o sistema pedagógico lusitano, e daí congregar energias para a salvação económica. 

É uma novela que qualquer cidadão pode ler. E poderá até divertir-se, lendo-a. A figura singular do Dr. António de Jesus, historiador por vocação, emerge nela, em sua humanidade. Ele dedica a sua solidão existencial a várias frentes de investigação, que tanto o deleitam. Inopinadamente, devido à sua robusta idade, é nomeado Avaliador, mais propriamente Relator, o que não deixou de ser um elo precioso na cadeia da Avaliação. Começa então mais um inferno em sua vida, para além de outros. 

É o 6.º escrito publicado do autor. Este título aparece em edição de autor, em número muito limitado, pois que os cortes brutais nos salários e/ou pensões tal não permitem mais. Por outro lado, embora o autor já tenha dois pequenos escritos (em coparticipação) na Editora Esfera do Caos, tem a certeza de que o trabalho editorial hoje é em grande parte dedicado ou à escrita/leitura de obras ‘de aeroporto’ ou a escritos que possam dar o guião a uma novela que arrebate audiências, se possível em horário nobre. 

Tem um preâmbulo do meu estimadíssimo amigo e colega Professor Mário Carneiro, que ajuda a perceber a ‘odisseia’, por vezes onírica, todavia partindo da realidade, em que se tornou a vida do Avaliador-Relator-Historiador António de Jesus. 

O autor desejava ser lido. Acima de tudo. O mediático pouco lhe interessa, até porque a verdadeira cultura é cada vez mais franja remota nesta sociedade que rejeita o humanismo, que até o Coração esquece. E que se entrega por demais ao divertissement (Blaise Pascal). 
Envio à cobrança a partir de 19 de Maio, por 13 euros (portes incluídos) um exemplar autografado a quem o desejar e mo pedir para o e-mail: ajfg25abril@hotmail.com.

Álvaro José Ferreira Gomes