sábado, 26 de setembro de 2015

PS e PSD estão “a matar a democracia em Portugal"


"Há zonas do país onde há secções, quer do PS, quer do PSD, em que os dirigentes tornam as suas estruturas totalmente inexpugnáveis para quem quiser disputar o poder. São pequenas ditaduras que existem a nível de freguesias, de concelhos, por vezes das distritais dos partidos. Os dirigentes não são escolhidos pelos militantes, os dirigentes escolhem os militantes que vão votar neles de certeza. Têm um saco de votos que lhes garante a vitória. É uma lógica de comércio e que está muito ligada à lógica dos empregos. As pessoas que têm os empregos reúnem os votantes: arranjam amigos, a família, são responsáveis por levá-los a votar e o seu desempenho perante o dirigente será premiado ou não. Um líder distrital de um partido, por exemplo, vai agarrar na sua pirâmide de poder e quando o partido chega ao poder vai tentar colocar as pessoas que lhe são próximas nos centros regionais de segurança social, nas direções regionais de educação ou saúde, nas administrações dos hospitais... Quando falamos de boys, isso não é isolado, não é só dar emprego às pessoas do partido. Tem muito mais a ver com um jogo de recompensas: dar um cargo ao que o apoiou e marginalizar aquele que esteve a desafiar a liderança. Daí a oligarquia e a pequena ditadura se cristalizarem e o poder se tornar inexpugnável para quem quiser tentar ganhar eleições. E isso mata a democracia em Portugal, porque não há democracia interna nos partidos."

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Sugestão de António Ferreira