«Muitas povoações foram incendidas na Polónia: milhares de pessoas sucumbiram nos incêndios, ou foram abatidas enquanto fugiam. Duas guerras grassavam simultaneamente: a da frente de batalha de homens armados e a das outrora imunes vilas e aldeias. E também no mar começara uma guerra, cujo curso viria a ser tumultuoso, não respeitando quaisquer limites. Nesse dia 5 de Setembro, os submarinos alemães afundaram cinco navios mercantes desarmados, quatro britânicos e um francês. [...]
Todos os dias se registavam novos casos de desrespeito e desprezo pelas leis da guerra por parte dos alemães. A 6 de Setembro, num campo próximo da aldeia de polaca de Mrocza, os alemães abateram dezanove oficiais polacos que já se tinham rendido [...]. Outros prisioneiros de guerra polacos foram trancados no casinhoto de um chefe de estação dos caminhos-de-ferro que em seguida os alemães incendiaram. Todos os prisioneiros morreram queimados. [...]
Em Bedzin, a 8 de Setembro, várias centenas de judeus foram levados para dentro de uma sinagoga à qual foi posto fogo. Duzentos deles morreram queimados. No dia seguinte os alemães acusaram cinicamente os polacos deste crime, prenderam um determinado número de reféns e executaram trinta numa das principais praças públicas.»
Martin Gilbert, A Segunda Guerra Mundial, D. Quixote e Expresso.