Imagem de Ricardo Araújo. |
Na realidade, em apenas uma semana, o Syriza já tentou fazer mais pelos povos da União Europeia do que Passos Coelho e Paulo Portas em quatro anos de governo. O nosso primeiro-ministro assumiu sempre, desde que tomou posse, a função de seguidor acrítico e acéfalo das determinações alemãs. Na verdade, nós não temos um governo com pensamento próprio, com vontade própria e que alguma vez tenha assumido o exercício da soberania; pelo contrário, nós temos uma espécie de agência ou delegação do governo alemão, que despacha semanalmente em Lisboa.
A Grécia é um país de dimensão semelhante à nossa, tem uma situação económico-financeira pior do que a nossa, ainda está debaixo de um processo de resgate, todavia, nada disso a impede de, neste momento, ter pensamento próprio, de ter vontade própria e de dialogar de igual para igual com os parceiros europeus.
Portugal, em quatro anos, nunca o fez. Portugal, na pessoa do seu primeiro-ministro, sempre partiu para e sempre chegou das reuniões com os governos e instituições europeias de coluna vertebral dobrada. Não tomou uma única posição de discordância de fundo em relação à política cega de austeridade, não apresentou uma única proposta alternativa ao empobrecimento e à miserabilização que a Alemanha impôs a vários países europeus. Subserviente até à náusea, Passos Coelho é um político medíocre. A história de Portugal não lhe dedicará mais do que uma linha numa escondida nota de rodapé. Caninamente obediente, Passos Coelho nunca foi nem nunca será capaz de defender uma opinião, de argumentar uma ideia que possa ser vista como heterodoxa, pelo poder alemão.
Nem Portugal nem os povos europeus poderão alguma vez esperar deste político um rasgo de inovação ou um contributo, por mínimo que seja, para a construção de algo novo, para a construção de algo que não seja monótona e desgraçadamente o mesmo e sempre ao serviço dos mesmos.
Portugal, em quatro anos, nunca o fez. Portugal, na pessoa do seu primeiro-ministro, sempre partiu para e sempre chegou das reuniões com os governos e instituições europeias de coluna vertebral dobrada. Não tomou uma única posição de discordância de fundo em relação à política cega de austeridade, não apresentou uma única proposta alternativa ao empobrecimento e à miserabilização que a Alemanha impôs a vários países europeus. Subserviente até à náusea, Passos Coelho é um político medíocre. A história de Portugal não lhe dedicará mais do que uma linha numa escondida nota de rodapé. Caninamente obediente, Passos Coelho nunca foi nem nunca será capaz de defender uma opinião, de argumentar uma ideia que possa ser vista como heterodoxa, pelo poder alemão.
Nem Portugal nem os povos europeus poderão alguma vez esperar deste político um rasgo de inovação ou um contributo, por mínimo que seja, para a construção de algo novo, para a construção de algo que não seja monótona e desgraçadamente o mesmo e sempre ao serviço dos mesmos.