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Estamos a chegar ao fim deste ano e o novo ano que se aproxima vem carregado de mais do mesmo: a mesma política com o mesmo primeiro-ministro, precisamente aquele que chegou ao poder por via da mentira e que vai partir deixando para trás um país exaurido, cabisbaixo, sem projecto e sem acreditar em coisa alguma. Depois de seis anos com um primeiro-ministro patologicamente arrogante, egocêntrico e incompetente, agora acusado de crimes graves, e de mais quatro anos de um primeiro-ministro sem rasgo, politicamente limitado, tecnicamente impreparado e culturalmente cinzento, o resultado tinha de ser o desastre que estamos a suportar.
Foi uma década perdida. Mais do que perdida, foi uma década de retrocesso. Estamos pior do que estávamos há dez anos. Pior, no que diz respeito à realidade, e pior, no que diz respeito à esperança. O PS não é capaz de assumir os graves erros de governação que cometeu e parece estar, neste momento, num inacreditável processo de recuperação de figuras e de políticas que conduziram à derrocada das finanças, da economia, da educação, da justiça; que conduziram à repugnante promiscuidade entre política e negócios; que conduziram ao desprezo pela ética política e à disseminação da corrupção. O PS continua a ser um partido prisioneiro dos mesmos interesses e das mesmas clientelas que dominam o PSD e o CDS. Não é, por isso, expectável nenhuma mudança significativa nas políticas levadas a cabo por estes socialistas.
Aos portugueses sobra a alternativa de contarem apenas consigo próprios, mas isso é coisa que os portugueses ainda não estão disponíveis para fazer.
Boas festas? Sim, alguns tê-las-ão. Certamente que os milionários, que nos últimos três anos cresceram em número e em riqueza, terão umas festas boas. A maioria, tenho dúvidas de que as possa ter.