segunda-feira, 20 de dezembro de 2010

Registos e notas do fim-de-semana

Governo recusa revelar despesas dos gabinetes
— Juízes avançam com acções em tribunal para obrigar o Executivo a dizer quanto gastam em telefones, subsídios e cartões de crédito —

Face Oculta cheio de ilegalidades
— Erros do PGR e do presidente do STJ podem levar à anulação do processo —
Sol (17/12/10)

Saúde descobre buraco gigante

Governo esconde novas regras para lay-off

Cantinas abertas nas férias para alimentar alunos

Mais de 10 mil crianças almoçam nas escolas

Portugueses são dos que mais acreditam que quem nasce pobre pobre permanecerá
Público (17/12/10)

Sócrates admite ir ainda mais longe para combater a crise

Ana Jorge continua a não revelar valor do défice
Público (18/12/10)

Governo conta com China, Líbia e árabes para fugir ao FMI

BPN paga a quadros que não trabalham
Expresso (18/12/10)

Governo esconde degradação do controlo da despesa pública
Público (18/12/10)

Por que razão esconde o Governo as despesas dos seus gabinetes? Por que razão a ministra da Saúde não divulga os valores reais, já do seu conhecimento, do défice a que chegou o seu sector? Por que razão está envolto em segredo o encerramento das contas públicas deste ano?

Diz a notícia que o BPN paga a quadros que não trabalham. Há um erro nesta informação: não é o BPN quem paga aos quadros que não trabalham, somos nós. Nós, os contribuintes. Somos nós que pagamos aos quadros do BPN que não trabalham. E quem nos retira o dinheiro e o entrega aos quadros do BPN que não trabalham é o Governo de José Sócrates.

Quando lemos que as cantinas de muitas escolas vão ficar abertas durante as férias lectivas, porque há cada vez mais crianças que não têm acesso a outra refeição que não seja aquela que a escola lhes pode dar, ficamos constrangidos e indignados com esta realidade e ficamos revoltados por, recorrentemente, ouvirmos o primeiro responsável por esta situação apresentar-se como corajoso por tomar medidas que conduzem milhões de portugueses à pobreza e à fome. Sócrates é o primeiro culpado por termos chegado ao ponto onde chegámos, e, se a dignidade fosse um valor que ele preservasse, já há muito que teria sentido a obrigação de se demitir e de pedir desculpa ao País.