segunda-feira, 18 de outubro de 2010

Registos do fim-de-semana

Subida do IRS vai ser mais acentuada para os contribuintes
com rendimentos inferiores


Deduções e benefícios fiscais no IRS: cortes de 75% para algumas famílias


Combate à fraude e evasão fiscal aquém do anunciado pelo Governo

Público (15/10/10)

Banca portuguesa emprestou ao Estado mais 81% do que em 2009

Três bancos em risco

Ministério da Justiça fala em iminente 'colapso financeiro'

Ex-chefe da Marinha corrige 1.º-ministro nos submarinos

Kadhafi e Chávez por Portugal
Sol (15/10/10)

Só a Venezuela e a Grécia são piores do que nós
— Previsões do FMI para 183 países no período de 2010-2015


E a factura mais alta vai para... Os trabalhadores do Estado


IRS: Há famílias de classe média que vão pagar mais 93% de imposto

Expresso (16/10/10)

Governo falha entrega do Orçamento
— Documento incompleto chega a Jaime Gama a minutos da hora limite —

Prolongadas por um ano garantias do Estado aos bancos


Parcerias público-privadas vão custar 841 milhões de euros no próximo ano


Fecho de escolas e mega-agrupamentos vão continuar


Portugal não tem conseguido combater a pobreza


Deputado Vítor Baptista [PS] implica secretário nacional [PS] e chefe de gabinete de Sócrates em alegada tentativa de suborno

Caso Queiroz: Laurentino Dias esconde parecer da Procuradoria
Público (16/10/10)

Em 183 países, só a Venezuela, de Chávez, e a Grécia terão um crescimento económico pior do que Portugal, até 2015. Contudo, esta previsão do FMI foi feita sem ter em conta o novo pacote de austeridade do Governo do PS, o que, inevitavelmente, agravará ainda mais a situação.
Depois de termos ouvido Sócrates repetir, durante semanas a fio e até ao limite do cansaço, que tínhamos sido os últimos a entrar em crise; depois de termos ouvido o discurso histriónico de Sócrates repetir até à exaustão que tínhamos sido os primeiros a sair da recessão; ficamos agora cientes de que seremos dos piores do mundo, se não mesmo a pior economia do mundo, nos próximos cinco anos. Somos governados por um lunático.

Lunático e prestidigitador. Sócrates conduziu Portugal ao desastre: estamos na pior situação económica e financeira, desde 1974. É conhecido que crise foi internacional, mas a verdade é que nós estamos no grupo europeu dos quatro países mais incompetentemente governados (ainda que o caso da Irlanda seja de outra natureza). Perante os factos, Sócrates comporta-se como um aprendiz de ilusionista e deseja que acreditemos em duas coisas:
— que os mercados financeiros, sem razão que o justifique, deram para embirrar connosco e começaram a exigir juros muito altos. Embirraram porquê? Embirraram porque sim. São maus para nós e para mais dois ou três. Porquê? Não se sabe. Apenas se sabe que a culpa não é do Governo;
— que ele é um homem de coragem. Transformar a incompetência em coragem é o mais recente acto de prestidigitação de Sócrates.
Só a gigantesca dimensão da tragédia que estamos a viver é que nos impede de podermos usufruir do ridículo de termos um primeiro-ministro assim.

Uma nota final. É com carinho que leio as queixas do sector financeiro relativamente ao recente pacote de austeridade, na parte que lhes diz respeito. Por exemplo, vejo com preocupação que o anunciado novo imposto para a banca possa atingir cifras que se situam entre 0,01% e 0,05%. É algo de «injusto», como diz Miguel Rocha Leónidas, da Deloitte & Associados, no Expresso. Naturalmente que é injusto, em particular, se comparado com o aumento do IVA de 6% para 23%, de alguns produtos alimentares, ou se comparado com o corte nos salários, entre 3,5% e 10%, dos profissionais do Estado. É uma injustiça que ninguém compreende, e os financeiros têm a minha solidariedade.