segunda-feira, 21 de junho de 2010

Registos do fim-de-semana

Caso TVI: 'As escutas provam tudo'
— Na sua declaração de voto, Pacheco Pereira diz que era fácil concluir a partir das escutas que o primeiro-ministro mentiu, e afirma que a Comissão de Inquérito será julgada politicamente por ter sido impedida de chegar à verdade —

Processo-crime ao PS por financiamento ilícito
— A Entidade das Contas considerou que o pagamento do Taguspark a Luís Figo para apoiar Sócrates foi uma forma ilícita de financiar a campanha eleitoral do PS. E apresentou queixa-crime na Procuradoria —

Governo corta nas pensões sociais

PS e BE na rua com Alegre

Governo não pagou transportes escolares
Sol (18/6/10)

Caso PT/TVI: PSD vota relatório do caso TVI mas não censura Sócrates
Público (18/6/10)

Revelação: Paulo Penedos ligou a João Vasconcelos, assessor de Sócrates no 'dia D' do negócio PT/TVI. A escuta pode ter um efeito de bomba-relógio

Professores 'adoecem' para não verem exames

Sem a escola as pessoas partem de vez
Expresso (19/6/10)

Pacheco diz que mentira de Sócrates justificava 'consequências imediatas'
Público (19/6/10)

A semana terminou com a conclusão dos trabalhos da Comissão Parlamentar de Inquérito ao caso PT/TVI. Foi um final caricato que revela o nível a que chegou a nossa política. Confirma-se que o primeiro-ministro mentiu ao Parlamento, mas ninguém o quer formalmente assumir, porque, partidariamente, a ninguém convém que o Governo caia. Assim, o País vai continuar a ser governado por um primeiro-ministro politicamente desqualificado e um Governo descredibilizado, e vai continuar com uma oposição que faz de conta que se opõe, porque, na hora da verdade, todos, em uníssono (a excepção foi Pacheco Pereira), fogem de assumir responsabilidades.
Entretanto, o PS foi processado criminalmente por financiamento ilícito. Mas, como isso é uma questão menor, quer o Partido Socialista quer Luís Figo continuam, alegremente, a assobiar para o lado.
Também entretanto, o Governo começou a cortar nas pensões sociais, deixou de pagar os transportes escolares às Câmaras Municipais e começou a fechar escolas. Entretanto ainda, o PS e o Bloco de Esquerda estão a preparar-se para irem juntos para a rua, em pré-campanha presidencial. O que daí vai resultar é coisa que veremos mais lá para a frente...
Finalmente, ficámos a saber que há muitos professores a adoecer no momento da correcção dos exames nacionais. Talvez fosse interessante ouvir o presidente da Ordem dos Médicos acerca da insinuada falta de seriedade da classe profissional que representa, que está subjacente à notícia. Como talvez fosse interessante saber por que razão isto acontece agora e não acontecia há dez, quinze ou mais anos, quando havia muito mais exames para corrigir, e quando cada professor corrector era sobrecarregado com centenas de provas (houve um ano, por exemplo, em que tive de corrigir 250 provas de exame de Filosofia de 12.º ano). Mas, nem ao jornalista nem ao Ministério da Educação, isso parece interessar.