segunda-feira, 6 de abril de 2009

Uma conjura mundial

Aproveito o facto de estar fora do país para, com mais facilidade, percorrer as páginas da imprensa internacional. Faço-o avidamente, desde a passada sexta-feira, mas sempre em vão. Não encontro o que procuro. Vejo página a página, linha a linha, leio as gordas, leio as magras, e nada. Jornais ingleses, franceses, espanhóis, italianos e alemães são unânimes na ocultação da verdade. Uma inadmissível cabala da imprensa internacional decidiu esconder o facto decisivo da recente cimeira dos G20. E suspeito que a cabala não abranja apenas a imprensa, calculo que Gordon, Sarkozi, Merkel e o próprio Obama também façam parte da conjura. Não há outra explicação.
Neste momento não tenho dúvidas: à campanha negra nacional juntou-se, agora, uma campanha negra internacional. O mundo inteiro está contra o nosso primeiro-ministro. E esta campanha internacional não começou agora. Não, ela tem já umas semanas: desde que nosso primeiro foi obrigado a revelar ao planeta que foi ele quem fez as taxas de juro baixarem na zona euro. Todos os lideres europeus calaram-se, esconderam a verdade. Teve que ser ele, José Sócrates, a custo, a empurrão, a vir dizer para a frente das câmaras de televisão o que se passou, quem foi a personagem decisiva nesse momento histórico: ele próprio.
E, agora, novamente a mesma história. Mas para pior, porque, desta vez, envolve dirigentes de todo o mundo. E, novamente, ninguém conta a verdade. Novamente, ninguém conta o que se passou. Novamente, ninguém fala do papel único, do contributo decisivo que, obviamente, o nosso José Sócrates teve para que fosse possível alcançar-se mais um momento histórico. Desta vez, não apenas para Portugal, desta vez, não apenas para a Europa, mas para o mundo inteiro: o acordo a que o G20 chegou e a instauração de uma nova ordem mundial.
Por causa disso, o mundo vai mudar, foi anunciado. Ora, alguém acredita que tal seria possível sem a intervenção pessoal e directa de José Sócrates?