sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Um caso perdido

Maria de Lurdes Rodrigues é o exemplo do que não deve ser um político, do que não deve ser um governante.
Ontem, na Assembleia da República, voltou a demonstrar que não é uma estadista, que concebe a governação como um exercício de birras e de teimosias tal e qual uma criança mal-educada reage a uma adversidade.
Maria de Lurdes Rodrigues já há muito que percebeu que não tem nenhuma razão séria, nenhuma fundamentação técnica que justifique a incomensurável quantidade de asneiras, de erros e de comportamentos, política e eticamente, inaceitáveis.
Eticamente, sim. Também eticamente. Acuso, sem qualquer hesitação e assumindo toda a responsabilidade desta acusação, a ministra da Educação de ter faltado várias vezes à verdade, com o objectivo de esconder as monstruosidades políticas e técnicas que cometeu com o novo modelo de avaliação, com o novo Estatuto da Carreira Docente, com o novo Estatuto do Aluno, com o concurso para professores titulares. Não é tolerável que um político se comporte assim. Cometa um tão grande número de dislates, que põe em causa a vida profissional de milhares de professores e a vida estudantil de milhares de alunos, e não seja capaz de reconhecer que errou ou de se demitir do cargo para o qual, objectivamente, não tem competências nem políticas nem técnicas.
Professores e alunos somados são cerca de 2 milhões de portugueses cujas vidas ficam à mercê de uma pessoa desqualificada para exercer as funções que exerce.
Maria de Lurdes Rodrigues é um caso perdido. É um caso lamentável. É um caso grave na política portuguesa.